Dinâmica da regeneração natural de uma população de Eschweilera ovata em floresta de terra firme explorada seletivamente no Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6441.2021.002.0003

Palavras-chave:

Eschweilera ovata, Monitoramento, Dinâmica, Exploração florestal

Resumo

Este trabalho teve por objetivo avaliar a dinâmica populacional da regeneração natural de Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers após exploração florestal seletiva na Estação Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, Moju, Pará. Foram selecionadas nove clareiras e instaladas doze parcelas de 2x2m em cada, começando na bordadura da clareira para o interior da floresta, nas direções Norte, Sul, Leste e Oeste, nas quais foram medidos todos os indivíduos com altura total ≥ 10 cm e DAP < 5 cm. Foram analisados a taxa de regeneração natural, ingresso e mortalidade em relação as distâncias (borda, 20m e 40m), direções e período de monitoramento. Os dados foram analisados no programa Biostat 5.0, através da análise Kruskall-Wallis. Não houve diferenças significativas para nenhum fator avaliado, porém verificaram-se baixos valores de taxa de regeneração natural, ingresso e mortalidade para os primeiros períodos de avaliação (1998-2001), inferindo que a abertura de clareiras não estimulou a regeneração natural. O Período de 2001-2007 foi marcado por elevado ingresso, estimulado pelo fechamento do dossel e o último período por elevada mortalidade, o que pode estar associado principalmente a competição intraespecífica. Foi observado taxa de regeneração (TR) positiva somente para a borda da clareira, influenciado por elevado ingresso, bem com o para direção Norte. A espécie apresentou comportamento típico de espécie tolerante, e distinto em relação aos fatores adotados (distâncias, direções e período de monitoramento), indicando que outros fatores não mensurados, podem ter influenciado fortemente o comportamento de E. ovata.

Biografia do Autor

Jamerson Rodrigo dos Prazeres Campos, Universidade Federal do Maranhão

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com mestrado em Ciências Biológicas (Área de Concentração em Botânica Tropical) pelo Museu Paraense Emílio Goeldi/UFRA, doutorando Biodiversidade e Biotecnologia - Rede Bionorte (UFMA), com linha de pequisa em Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade.Tem experiência em Manejo de Recursos Florestais, Ecologia e Conservação de Ecossistemas e Gestão Ambiental, através de projetos de pesquisa e extensão. Atuou como docente na Universidade Federal do Pará (UFPA) - prof. substituto.

Deivison Venicio Souza, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2008), Mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2011) e Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2020). No período de 2009 a 2011 exerceu o cargo de Analista Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, na Gerência de Projetos Agrossilvipastoris (GEPAF), com atuação direta na etapa de análise técnica, para fins de licenciamento ambiental, de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), Projetos de Desbastes e Reflorestamento e Supressão Florestal. Desde 2011 é professor da Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira, Pará. É responsável por ministrar as disciplinas Estatística Básica, Dendrometria, Experimentação Florestal e Inventário Florestal, integrantes do desenho curricular do Curso de Graduação em Engenharia Florestal. Tem experiência na área de Gestão e Manejo dos Recursos Florestais, com ênfase em Silvicultura de Florestas Naturais, Inventário Florestal e Mensuração Florestal. Atualmente, seus interesses científicos incluem o uso da inteligência artificial na conservação da biodiversidade (com ênfase no uso de visão computacional) e emprego de técnicas de aprendizado de máquina na modelagem preditiva de variáveis biométricas, com uso das Linguagens R e Python.

Felipe Correa Sousa, Universidade Federal do Maranhão

Graduando em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Foi bolsista voluntário do Programa de Iniciação à Docência (PIBID), atuou como bolsista técnico do Herbário do Maranhão (MAR) - UFMA. Atualmente é bolsista do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) pela FAPEMA e colaborador do Laboratório de Estudos Botânicos (LEB), com experiência em análises fitossociológicas e interesse em ecologia, conservação, florística e taxonomia botânica.

Eduardo Bezerra de Almeida Junior, Universidade Federal do Maranhão

Professor Associado I (DE) do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão, e, atualmente, está como Coordenador do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da UFMA. Possui Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (2003). Durante a graduação foi bolsista CNPq pelo PIBIC. Fez Mestrado (2006) e Doutorado (2010) em Botânica pela UFRPE com bolsa CNPq, sob orientação da Profa. Dra. Carmen S. Zickel. É docente permanente no Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC - Mestrado), e na Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte - Doutorado); é colaborador no Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS - Mestrado/ Doutorado). Foi Chefe do Departamento de Biologia de 2015 a 2018. Foi Bolsista de Produtividade/FAPEMA de 2014 a 2016, na modalidade Jovem Doutor e de 2018 a 2019, na modalidade Doutor Sênior. Participa da equipe técnica do ZEE - Bioma Amazônia, Cerrado e Costeiro no Estado do Maranhão na temática vegetação. Compõe o Conselho Consultivo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM) como membro titular. No Prêmio FAPEMA Terezinha Rêgo, em 2019, recebeu uma Homenagem de Honra ao Mérito Científico-Tecnológico pelo reconhecimento a contribuição para o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação no Maranhão. Desenvolve projetos nas áreas de Botânica e Etnobotânica, com ênfase em florística, fitossociologia e formas de uso da vegetação de dunas e restinga; e em taxonomia, com ênfase em Sapotaceae (Manilkara).

Fernando Cristóvam da Silva Jardim, Universidade Federal Rural da Amazônia

(In memoriam) Fernando Cristovam da Silva Jardim nasceu em Belém do Pará em 25/07/1952. É Técnico em Agrimensura pela Escola Técnica Federal do Pará. Graduou-se Engenheiro Florestal pela UFRA (antiga FCAP) em 1978, tem Mestrado em Manejo Florestal pelo convênio INPA/FUA em 1985 e concluiu o Doutorado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa em 1995. Foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, no período 1980-1995. Atualmente é Professor Associado IV da Universidade Federal Rural da Amazônia. Publicou 53 artigos em periódicos especializados e 137 trabalhos em anais de eventos. Possui 4 capítulos de livros e 3 livros publicados. Possui 25 itens de produção técnica. Participou de 2 eventos no exterior e 46 no Brasil. Orientou 29 dissertações de mestrado e co-orientou 18, além de ter orientado 72 trabalhos de iniciação científica e nove orientações de outra natureza nas áreas de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Ecologia, Agronomia e Educação. Recebeu 2 prêmios e/ou homenagens. Entre 1980 e 2012 coordenou 6 projetos de pesquisa. No período 1997-2000 coordenou o Curso de Mestrado em Ciências Florestais da UFRA. Foi Pro-Reitor de Planejamento e Gestão da UFRA no período de dezembro de 2000 a agosto de 2005. Atualmente é consultor ad hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas, orienta três e co-orienta um estudantes de mestrado e orienta um estudante de doutorado. Participou em 53 bancas de trabalhos de conclusão de mestrado, 4 de doutorado e três de exame de qualificação de doutorado. Também participo de 25 bancas de comissões julgadoras de concurso público. Atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Dinâmica de Florestas. Em suas atividades profissionais interagiu com 93 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Floresta tropical, Amazônia, Manejo Florestal, Regeneração natural, Dinâmica Florestal, Inventário Florestal, Fitossociologia, Dinâmica de sucessão, Monitoramento e Clareiras.

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Publicado

2022-03-29

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente