Monitoramento reprodutivo de tartarugas marinhas na praia de Urussuquara/ES após o rompimento da barragem do Fundão em Mariana/MG
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6441.2019.002.0001Palavras-chave:
Tartarugas-marinhas, Samarco, Impacto Ambiental, Urussuquara, Monitoramento AmbientalResumo
No dia 5 de novembro de 2015 ocorreu o rompimento da barragem de Fundão da mineradora Samarco, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues-MG, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana-MG, aproximadamente 16.000 piscinas olímpicas de resíduos de mineração percolaram pelo distrito de Bento Rodrigues num período de apenas 11 minutos. A pluma deste impacto ambiental, se estendeu aproximadamente por 800 km na bacia do Rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo. O rio Ipiranga localizado entre os municípios capixabas de Linhares-ES e São Mateus-ES, foi um dos últimos locais atingidos pelos resíduos da bacia do rio Doce, tendo contato com o mar na restinga da praia de Urussuquara-ES, local que é berçário de tartarugas marinhas. O presente estudo realizado pelos cientistas e pesquisadores da Helium Corp Engenharia, teve como objetivo prospectar ninhos de tartarugas marinhas na praia de Urussuquara e realizar seu monitoramento sazonal, que teve início em setembro de 2017 e seu término em maio de 2018. Foram levantados um total de 23 ninhos com distribuição homogênea pela costa, a espécie com maior abundância de registros foi Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) com 17 ninhos, seguido da espécie Caretta caretta (Linnaeus, 1758) com 5 ninhos, seguido da espécie Dermochelys coriacea (Linnaeus, 1766) com 1 ninho levantado. Por conseguinte a praia de Urussuquara deve ser conceituada como um lócus prioritário de importância mundial à proteção e conservação de tartarugas marinhas.
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