Escritório modelo de engenharia civil: relato de experiência na Amazônia oriental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6425.2020.001.0002

Palavras-chave:

Escritório Modelo, Temas Transversais, Educação em Engenharia, Método Ativo

Resumo

Este artigo sintetiza o relato de experiência da implantação de um Escritório Modelo de Engenharia Civil em uma universidade no interior da Amazônia. Os fluxos migratórios incentivados por políticas públicas, como também, os espontâneos, dentre várias consequências positivas e negativas para as urbes amazônidas, acarretaram em um uso e ocupação do solo desordenado e com elevados índices de autoconstruções e habitações precárias na região. Nesse sentido, os Escritório Modelos de Engenharia se apresentam como uma possibilidade de fornecer serviços técnicos especializados, para populações com hipossuficiência econômica, por meio dos recursos técnicos e científicos disponíveis nas Universidades. Além disso, a prática desenvolvida pelos discentes participantes de um Escritório Modelo, pode configurar o exercício de aprendizagem com método ativo, conforme solicita as Diretrizes para os cursos de Engenharia, aprovadas em 2019. Com base no relato de experiência, esse artigo apresenta a possibilidade de o Escritório Modelo figurar como uma ferramenta que permita institucionalizar a aprendizagem baseada em projetos, que é um método ativo de aprendizagem, em um curso de Engenharia Civil. Através da técnica de grupo focal de análise, sintetizando as informações por meio de método etnográfico, é possível confirmar a hipótese de o Escritório Modelo figurar como meio condutor para a implantação de metodologias ativas de aprendizagem, sendo um recurso adicional para o ensino de temas transversais no curso de Engenharia Civil, como Educação Ambiental, Cidadania, Gênero e Diversidade, Acessibilidade e Direitos Humanos.

Biografia do Autor

Antonio Carlos Santos do Nascimento Passos de Oliveira, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Concluiu o 1° Grau na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Luiza da Costa Rêgo e o 2° Grau no Instituto de Educação do Estado Pará (IEEP), ambas públicas, sendo a última uma escola com ensino de magistério. Possui graduação em Engenharia Civil, com ênfase em Hidrovias, com término em 2011, na Faculdade Ideal (FACI) onde cursou com bolsa do Programa Universidade Para Todos - PROUNI. Na mesma instituição cursou Engenharia de Segurança no Trabalho, obtendo o título de Engenheiro de Segurança no Trabalho em 2014. É especialista em Ordenamento Territorial Urbano, pelo Núcleo de Meio Ambiente (NUMA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), defendendo monografia em 2012. Possui Mestrado em Engenharia Civil, Concentração: Estruturas e Construção Civil, Linha de Pesquisa: Materiais e Componentes de Construção, pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC), do Instituto de Tecnologia (ITEC), da Universidade Federal do Pará (UFPA), o qual cursou com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo defendida a dissertação em 2015. Em 2016, obteve o certificado Master of Business Administration (MBA) em Gerenciamento de Projetos, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), conveniada FGV-IDEAL, também em 2016 obteve o diploma de Mestrado em Engenharia de Produção, Concentração: Pesquisa Operacional, pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor de magistério superior, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), lotado no Instituto de Geociências e Engenharias (IGE), tornando-se professor da Faculdade de Geologia, atuando no colegiado do curso de Engenharia Civil. Atua com disciplinas na área de Construção Civil, Urbanismo e Administração. Ministrou disciplinas na Faculdade de Geologia, Agronomia, Geografia e Engenharia de Minas e Meio Ambiente. Foi presidente do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Engenharia Civil IGE/Unifesspa, e coordenador e membro de projetos de pesquisa e extensão. 

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Publicado

2020-01-07